quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O FIO DO TEMPO
Um país humanitário
1. A situação aflitiva da Madeira, que faz de todos nós madeirenses, a par da concomitância da candidatura de Fernando Nobre à presidência da República, os temporais que têm assolado também a nossa região com os consequentes estragos, parece que fazem parte do mesmo acontecimento temporal da visibilidade humanitária de um país que, mais que nunca, agradece e faz de todos “bombeiros” no socorro das aflições. Nestas ocorrências de tragédia, o realismo organizado puxa pelo melhor de todos, e na hora da urgência não pode haver separações de qualquer cor. Da aprendizagem destes tempos humanitários é importante o seu perdurar para que a memória não apague nem a consciência da pequenez humana diante da grandeza da natureza, nem a consciência de um nacional ordenamento do território que importa na generalidade repensar.
2. A hora é solidária, os outros que sofrem podemos ser sempre nós próprios. Também é momento de pensar, reflectir, interiorizar, fazer silêncio pela memória… Não é hora de “jogatana” política, da desejosa procura da atribuição da culpa, da intriga que manifesta a mesma pequenez do ser humano diante da gigante tempestade. O que seria “se”, e “se”… Quem não se lembra da tragédia da ponte de Entre-os-rios? Então, isso sim, do que depende de nós, vamos avaliar tudo preventivamente para tudo restaurar com eficácia antes que a casa “seja assaltada”. No depois das “trancas à porta” é sempre fácil discursar, dividir para reinar, distribuir responsabilidades por outrem, jogar conforme ao jeito e à circunstância. O que porventura falta às entidades formais no zelo da cultura preventiva não é diferente do que nos falta como pessoas informais diariamente.
3. E veio a candidatura do fundador presidente da AMI (Assistência Médica Internacional) à presidência da República. Alegre político reagiu a Nobre humanitário. Dois modelos de interpretação e acção diante da realidade. O nosso povo, humano e solidário, sempre será soberano!

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