quarta-feira, 1 de abril de 2009

O FIO DO TEMPO
A cimeira da «Mudança»?
1. Uma carta aberta aos líderes europeus de um grupo de intelectuais e políticos do velho continente é mais uma forte achega para os compromissos e as responsabilidades indispensáveis a serem assumidos pelos primeiros responsáveis do G20, os vinte países mais industrializados e ricos do mundo, estes que se encontram reunidos em Londres. Decorrendo a cimeira na Europa, o conceituado analista «Timothy Garton Ash escreve na sua mais recente coluna do The Guardian que “a Europa será o grande ausente” da cimeira do G20.» (citado de Teresa de Sousa, Público 01-04-2009). A inquietude num mundo de crise em tempo mudança desafia todos a darem o melhor de si, os estados e os continentes regionais, como os trabalhadores, empresas, cidadãos.
2. A Carta Aberta aos líderes europeus antes da cimeira do G20, na base da consciência social, reclama toda a visão e capacidade de liderança em ordem ao melhor futuro. Refere o documento que «uma crise económica de grandes dimensões deveria trazer ao de cima o melhor da Europa», relembrando o melhor da memória da Europa pós-guerra. A pergunta e o desejo sobre o melhor, certamente, não se ficará pela questão de números económicos ou da preocupação da forte transferência de capitais e investimentos da Europa e América para a Nova Ásia. O «melhor», na tradição viva humanista que os pais da Europa tiveram como alicerce fundante, vai sempre ao encontro das ideias partilhadas que são luz de práticas.
3. Neste plano de uma ideologia que consiga aliar toda a esperança a todo o realismo, a cimeira acolhe pela primeira vez o presidente Norte-Americano, Obama. Deste continente EUA que demonstra capacidade de unidade no essencial a Europa também receberá o desafio de conseguir falar a uma só voz, mesmo que na diversidade das visões, algo que os responsáveis dos maiores países europeus continuam a revelar dificuldades. Também aqui, seja a cimeira da mudança (de mentalidade) comum!

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