domingo, 5 de abril de 2009

O FIO DO TEMPO
Dia Mundial da Juventude
1. Os jovens não são só o futuro, como por vezes se pode apontar. Para serem esse futuro terão de ser já PRESENTE. A juventude, melhor, as juventudes (sempre no plural das diversidades de visões e acções), é um fenómeno social relativamente recente. Não ainda há muitas décadas, de criança passava-se a adulto, sendo a juventude uma fase etária sem relevância. Felizmente que hoje os tempos são outros, mas com estas novas dimensões da vida social novas responsabilidades deverão caminhar a par. O mais errado que se pode considerar é à juventude tudo desculpabilizar, como se o que se faz de bem ou de mal não dependesse de sua autonomia.
2. Cidadãos em construção na sua formação, a juventude será uma das idades que mais poderá sofrer os embates das ideias que os adultos vão gerando. Quantas publicidades e propagandas procuram captar a atenção e condicionar a vida de quem tudo apreende e tudo o que for moda quer seguir…?! Neste sentido, poder-se-á dizer que a geração da juventude actual recebe na tecnologia os frutos da sementeira das últimas duas décadas, mas pode sofrer os abalos de um certo desprestígio a que foram deitados um conjunto de valores que se enraízam e alimentam na ética, essencial à coexistência de todos. Especialistas a manusear tecnologia, menos hábeis na arte de pensar de forma crítica e no empenho sócio-cultural e cívico, poderão ser estes alguns dos elementos caracterizadores provindos de estudos recentes.
3. Nos alvor dos anos 80, João Paulo II, o primeiro Papa global em comunicação com as Juventudes, sentindo a abertura planetária do mundo em exercício e no derrubar dos muros (de Berlim, 1989) como dos muros de possíveis visões de ocidente fechado ou de capitalismos sem éticas, abriu uma dimensão anual eclesial nova (no Domingo de Ramos): as Jornadas / Dias Mundiais da Juventude. Em 2009, na Diocese, foi celebrado em Sever do Vouga: a festa das Juventudes!

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