quinta-feira, 2 de abril de 2009

O FIO DO TEMPO
Semear a Não-violência
1. O mundo dos cinemas e dos noticiários são muitas vezes uma escola violenta. Vão proliferando algumas instâncias que procuram ser reguladoras dos níveis de violências mas que, efectivamente, poucos frutos parecem conseguir implementar. Há dias um pai de família com crianças de tenras idades manifestava uma profunda apreensão no facto de que a geração dos 10 anos, da geração de seu filho, comunicava entre si exuberantemente sobre os novos jogos informáticos cujos conteúdos são autêntica escola de crime, assalto, desregramento de vida. À insegurança social que se verifica cada dia junta-se uma lei do mais forte que parece imperar em tudo aquilo que são as formas mais fortes de comunicação actual.
2. Raro é o dia em que o crime violento não é notícia de destaque dos jornais ou que a televisão, mesmo em horários nobres, não ofereça uma programação forte, bem acima dos índices mínimos recomendáveis para os mais novos que tudo observam e absorvem. A mega concorrência que já há muito assume contornos de crispação (?) não consegue conviver com a razoabilidade de uma ética como escola de vida pessoal e colectiva. Depois admiramo-nos do estado de sítio, do simbolismo de casos gritantes de violência que perpassa em vários níveis da vida comum, das escolas às estradas públicas. Volta e meia, de alguns países vêm as piores notícias…, de algo que seria impensável entre humanos…
3. Como em tudo é essencial nunca generalizar, mas é imperativo não nos deixarmos conformar com aquilo que é uma sementeira que no dia-a-dia vai sendo plantada. Todo o rol de jogos sedutores para os mais novos, carregados de egoísmo, força e violência, não lidam bem com a educação para os valores da reconciliação e da paz. Toda a panóplia de tele-explicação meticulosa de como se processam os crimes não joga com os conselhos de responsabilidade educativa dos pais e da comunidade social. Há dados indesmentíveis, concretos e essenciais, que contradizem na prática toda a teoria do “está tudo bem” social. Ou não será?!

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