sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O FIO DO TEMPO
E o tempo depois…?
1. Em todos os níveis daquilo que é uma vida intensa de trabalho, existe sempre um depois… O “depois” do jogo, da corrida, do exame, do labor árduo; o depois onde fica o verdadeiro sentir do que se aprendeu e do que se cresceu com a experiência de vida. Na medida em que o caminho é construído com um conjunto de valores e referências positivas, assim tanto mais o “depois” será o colher dos frutos da sementeira que se plantou. Mas valerá a pena debruçarmo-nos sobre o “dia seguinte” após longos dias de trabalho, a idade em que se entra na chamada reforma.
2. Há tanto de bom para fazer neste mundo que todas as idades e em todas as circunstâncias todos os corações disponíveis são convidados a colaborar para o bem da comunidade. Tudo porque se torna essencial dar valor e sentido positivo à vida e ao tempo da vida. O pior que poderá acontecer será ter tempo livre em excesso, não dar alma construtiva aos minutos e às horas, pois que até custa o passar do tempo quando ele não é válido para si e para outrem. Hoje, também neste novo contexto em que uma nova multidão de pessoas vão entrando na idade da reforma, existem um conjunto vasto de programas de voluntariado, de acções solidárias, de empenhos na construção do bem comum porque se lutou cada dia.
3. Mas, uma verdade é bem nítida: o “tempo depois” será tanto mais válido quanto mais no tempo antes e durante os anos fortes da vida a pessoa se abriu a dimensões sociais e comunitárias. Neste terreno a liberdade pessoal é o lugar definitivo onde se constrói o principal tesouro; por muito que a ajuda de outrem exista no despertar dessa abertura de espírito, a verdade é que esta não entra no campo das obrigações... Só há vantagens em irmos abrindo a nossa vida a novas dimensões comunitárias. Num tempo em que alarga o leque de pessoas que entram nesta nova fase da vida, valerá a pena ampliar esta compreensão global e mesmo estudá-la.

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